segunda-feira, 22 de agosto de 2011

À procura da felicidade

Minha amiga e colega de profissão Juliana Schmidt me mandou um email com uma mensagem interessante. Óbvia, mas que acredito que poucos a incorporem.
Dizia a mensagem que a FELICIDADE (assim mesmo, em letras maiúsculas) não existe. Existe a felicidade, aquela, em doses homeopáticas, que acontece várias vezes ao dia nas mínimas coisas. A felicidade de um telefonema, de ler um bom livro, de comer sua refeição predileta, ouvir músicas das quais se gosta, um beijo, um abraço.
A nossa cultura venda uma idéia de que a felicidade é algo a ser alcançado, algo assim, distante, lá longe, que quando se atinge, dura uma eternidade, é "inquebrantável". E mesmo sem querer, acredito que embarcamos nessa idéia de mala e cuia. Vivemos esperando pelo dia em que teremos mais dinheiro pra poder viajar e comprar tudo aquilo que quisermos, pelo dia em o príncipe (ou princesa) encantado vai aparecer e preencher o vazio em nossas vidas, pela família grande e feliz, pelos filhos carinhosos e que não dão jamais trabalho algum. Aquela perfeição de filmes e novelas que simplesmente não existe, visto que somos todos humanos, passíveis de erros, de emoções intensas, de expectativas altas e frustradas.
Tendo em mente que somos únicos, o próprio conceito de felicidade varia de pessoa para pessoa. Fica complicado então, despejar essa responsabilidade nos ombros de alguém (seja a família, o amigo, o amor). Quando se olha pra frente, para aquilo que ainda não aconteceu, que talvez - e só talvez - um dia vá acontecer, perde-se a consciência de tudo que está acontecendo nesse exato momento, no presente. Daquelas coisas que nos dão alegria, que nos trazem satisfação, efetivamente naquele exato momento. Que são mais reais do que qualquer fantasia de futuro e no entanto, não são notadas e reconhecidas porque não se está ali, presente.
Proponho então, que cada um busque no seu dia-a-dia as coisas que lhe fazem feliz. Tentem reconhecer esses momentos quando eles acontecem lhes dêem o devido valor. "Melhor ser minimamente feliz várias vezes ao dia do que viver eternamente em compasso de espera" (Leila Ferreira, jornalista).

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Espelho, espelho meu...

É incrível pensar nas diversas funções que cada pessoa e cada relação podem ter em nossas vidas.
Sejam da natureza que forem essas relações, tenham essas pessoas as características e personalidades que tiverem, o que nos proporcionam, invariavelmente, é uma grande escola, um grande aprendizado. Uns irão dizer que aprenderam o que não fazer, o que não repetir, ou que exemplos seguir, em quais qualidades se espelhar, que aprenderam sobre isso e aquilo da vida com determinadas pessoas.
Penso que tudo isso é possível, sim e muitas vezes é assim que acontece. Mas de uns tempos pra cá, cada vez mais fico convencida de que nosso maior aprendizado com as pessoas e com a relações que travamos com elas é acerca de nós mesmos. A função que o outro desempenha em nossa vida, entre outras tantas, é de um espelho. Um espelho que nos mostra aspectos tão nossos, mas que por alguma razão não conseguimos ver sem a ajuda desse espelho, da mesma forma que não conseguimos ver nosso próprio rosto sem que estejamos refletidos em algo.
Nossas relações nos mostram o quanto nos "sacaneamos", o quanto nos tratamos bem; nos mostram nosso desejo de controle, nossa frustração por expectativas não correspondidas, nossa ira, nossa fragilidade - e a lista é longa.

Tenho experimentado encarar as pessoas que fazem parte da minha como um espelho de mim e de quem eu sou e mesmo nos momentos de conflitos, talvez até principalmente nesses momentos, tenho conhecido muito mais de mim e lidado com as coisas de uma outra forma, mais enriquecedora em todos os aspectos. Por isso decidi dividir essa minha impressão com vocês, leitores. Para cada um de vocês que decidir encarar essa nova perspectiva, será uma experiência diferente, com aprendizados únicos. Espero que olhem com carinho para esse espelho, sem julgamentos do que possam ver, mas que acolham essas características de forma que possam posteriormente decidir o que fazer com elas.